terça-feira, 14 de agosto de 2007

Portugueses - Os portugueses como eles são (I de III)

Venho (afinal já não vinha há muito tempo) falar-vos de um povo com o qual penso que já todos se cruzaram, que é... o português.
O Português genuíno e cada vez mais em vias de extinção, que até há bem pouco tempo deslocava-se montando na sua clássica Famel, ostenta um farto bigode, barriga proeminente, atirada para a frente, a desafiar as leis da gravidade e a unha do dedo mindinho maior que todas as outras juntas.
A minha teoria é a de que alguém, algum dia, se esqueceu de cortar essa unha e descobriu por acaso as suas enormes potencialidades.
Quem nunca pediu a uma mulher que lhe coçasse as costas? Ora, este indivíduo não precisa disso. E acredito que a utilidade da sua unha não se fique só por coçar as costas. E cotonetes para quê? No dia em que se descobrirem as potencialidades de uma bela unha do dedo mindinho a limpar o ouvido será o fim das cotonetes. A bela palitagem dos dentes, e até mesmo como chave de fendas. Capaz de fazer inveja ao mais bem equipado canivete suíço.
O único senão é para calçar luvas. Tem que ir uma unha à vida, não acredito que existam luvas de fábrica já assim preparadas.
Imaginemos um indivíduo numa loja:
- Olhe, oh faxabore, era umas luvas, mas sem dedo mindinho!
Este tipo de português, a abrir a mão e a expôr a sua unha do dedo mindinho, faz inveja a qualquer assaltante de ponta-e-mola. Por isso é que muitas vezes os estrangeiros se queixam de terem sido assaltados em Portugal. O que acontece é que eles pedem uma informação e o português aponta com a mão onde ostenta a sua bela unha.
- Can you tell me where the centre is?
- Oh chefe, não sei, mas deve ser para ali.
- Ahhhhhhhh!
O português genuíno é atento ao que se passa no mundo. Ele vê as noticias atentamente. Mas reparem que ele só apanha o final das noticias. A jornalista está a falar há 2 minutos sobre um assalto e o que ele apanha é isto:
- ...e foi ontem à noite assaltada.
Ele não sabe do que se trata, mas comenta na mesma:
- Pois foi assaltada, claro que foi. E onde é que estava a policia? Já viram isto? Este país está uma desgraça. Pá!
Mas este português não gosta só de ver desgraças, ele gosta de contá-las. E qual é a primeira coisa que ele diz ao próximo cliente a entrar no café?
- Então, já sabes da última?
E não é muito de pormenores
- A última? O quê?
- Isto pá. estes gajos pá! Isto do assalto, que deu, já viste onde é que vamos parar assim. Só visto pá!
E depois o outro português leva a conversa para o trabalho e espalha, mas sem denunciar a fonte.
Quando lhe perguntam:
- Como é que sabes isso?
- Contaram-me, contaram-me e ai de ti que contes a alguém!
Até porque este português nunca acusa ninguém, a culpa de tudo isto é deles. Qualquer coisa que não goste, é comentada com um:
- Já viste o que eles fizeram? Já viste o que é que eles andam a fazer?
O português, é o único povo do mundo com alma de bombeio.
Um povo qualquer, ouve uma explosão, vê um incêndio e o que é que faz? Pira-se! Claro!
Nós não! Eu vi as imagens do ataque terrorista ao World Trade Center, por exemplo, e vi logo que não podia ser em Portugal, porque as pessoas estavam a correr para o lado contrário ao do acontecimento.
Em Portugal, 2 aviões batiam em prédios e toda a gente corria para ver!
Nós somos o único povo do mundo que pára para ver um desastre.
Porque não há como ver um belo desastre para abrilhantar uma viagem. Já lá podem estar cem carros, mas o português acha sempre que a opinião dele é necessária. Depois, em vez de cem jà são cento e um (ou seja muito mais importante!) a olhar para um desgraçado qualquer com o carro capotado. E entre eles exclamam:
- O que fazia aqui falta era uma ambulância! Ninguém lhes liga? Isso, a ambulância, é quê? 93? Eu sou 91.
Outra coisa que atrai os portugueses são as filmagens. O português vê uma câmara e vem logo perguntar o que andam a filmar.
Mesmo que não lhes interesse eles ficam lá, ou para aparecer ou só para marcar presença.
Mas se eu fosse jornalista ou operador de câmara e viesse um indivíduo a perguntar-me o que estávamos a filmar eu dizia-lhe:
- Tivemos uma ameaça de bomba neste mesmo sitio e, segundo os cientistas, vão cair aqui, onde estamos 2 meteoritos.
Mas também acho que não adiantava muito.
- Aaahh, não sabia...Mas quero ver isso!

P.S. - Isto vai ser a primeira saga do Ah, Não Sabia!! Uma coisa nunca vista!!! A Triologia dos Portugueses!! muaahahahah

12 comentários:

Anónimo disse...

eu uso o dedo mindinho para retirar substâncias de dentro do meu nariz. Sou português?

Anónimo disse...

Muitas vezes ate chego a usar a unha do dedo mindinho para tirar a merda incrustada nas nadegas que esta seca!!

Dificil mas eficaz!!

Teixes disse...

Olha eu tb não podia ligar para a ambulância pk sou 91 e a ambulância é o 112 fica carote..

Isto sim grande descrição do povo português tal como ele é...

Fulano Tal disse...

Desculpa lá mas não es um português genuino!!!

Um português genuino mete o dedo todo dentro do nariz e retira as referidas substâncias! Maneiras que acho que és emigrante!!

Teixes disse...

Amigo Fulano Tal, não sera ele Imigrante? Assim na loucura podia ser..

Outra coisa, quando falas no povo português estas a incluir tb as ilhas ou isso sera num futuro post?

Fulano Tal disse...

Portugal tem ilhas para alem das Berlengas??? xD

Tiago Abreu disse...

tem, a ilha da páscoa :S

Teixes disse...

Tem duas...Macau e Japao...looool

Fulano Tal disse...

Não fazia ideia...as coisas que aprendo convosco!!

Tiago Abreu disse...

Depois de "A Guerra das Estrelas" e "Kill Bill".... Os Portugueses!!!!!

Anónimo disse...

Alguém falou de Japão?

E não me chamaram á conversa??

Este post não merecia comentário...:|

Ninguém me falou que os comentarios dos posts do skip falavam do japao...

E que de japao percebo eu...

Eu até sei falar japones...

SEi uma música toda em japones...

E é uma música japonesa grande...

Eu gosto de animes japoneses... A musica e do samurai X

Mas aqui falou se em japao nao foi? e ngm me chamou pois nao?



Não comento mais, portanto...

Anónimo disse...

Devo, em abono da verdade, e num acto de genuína sinceridade, DESMENTIR a afirmação segundo a qual o verdadeiro português se mobilizava em viatura motorizada de seu nome FAMEL. O verdadeiro português, o português dos setes costados, originário deste cantinho da Península Ibérica, que na minha opinião não se encontra em vias de extinção mas isso sim em processo de constante e acelerada evolução, deslocava-se de FLORETTE. O meu avô tem uma e por isso sei o que digo. Ah não sabias!